Todos os partidos falaram da educação; pareceu-me que, na parte da manhã, a educação foi o tema mais focado. Por todos... menos pela Senhora Ministra Isabel Alçada. Não, que ela é uma Se-nho-ra! Aventuras, só das outras. Além disso, coitada, estava basto indecisa relativamente ao que iria vestir na parte da tarde - não, que ela não é nenhuma Leticia! Pela minha parte, escolheu bem. Na verdade, de manhã, parecia mais que ia para o S. Carlos. À tarde estava mais sóbria, ainda que, pareceu-me, não tivesse mudado de colar. Ou talvez tenha paletes deles, iguais... Continuava a não estar com ar de quem ia para trabalhar (aquele decote ainda lhe traz algum problema de assédio) mas... temos de lhe dar algum tempo até que perceba a diferença entre os concertos na Gulbenkian e as reuniões parlamentares.
Cá fora, a senhora falou, sim (foi o mesmo que ficar calada porque já sabemos o que significa «diálogo», para o ps socratiano). Lá dentro, nem tuge, nem muge.
Pudera!!!
NOTA: A (des)comparação com a princesa letícia era irónica. Acho muito bem que a Princesa recicle e repita. Ridículo é mudar de roupa, à hora do almoço, sem ter feito nadica de nada a que se pudesse chamar trabalho!!!
NOTA 2. E nem sequer posso ter a consolação de pensar que ao menos por uns tempos não vão estar a envenenar as prateleiras com novos títulos medíocres. Ela prometeu continuar a escrever. Pudera - escrita daquela, não custa nada; e mudar de roupa à hora do almoço custa só um pouco mais. E para o resto, estão lá os secretários de estado, que ela não é paga para trabalhar...
João Paulo Esteves da Silva, No Outro Mundo, ed. Averno, 2024
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De João Paulo Esteves da Silva, tudo o que nos chega não é do outro mundo,
é mesmo deste e é sempre surpresa. Pois só deste mundo nos podem chegar
surpr...
Há uma semana
Bien dit!
ResponderExcluirSurpresa boa esta da Mercedes!
ResponderExcluirCaramba, voltei a casa!
A senhora ainda se está a habituar aos corredores do palácio. A ministra do Trabalho, pela manhã, deu um trambolhão no chão de parqué encerado e perderam-se ambas, tendo que perguntar por onde se entrava para a sala do hemiciclo.
ResponderExcluirÀ tarde, atendendo à queda da colega, a senhora já levou sapatinhos com solas de maior aderência ao piso. Talvez por isso tenha mudado de fatinho, quem sabe... que vaidosa é que coisa que nunca foi... nunquinha!...
Um abraço.
Caro Jorge, não sei se está a ser irónico, se a falar a sério.
ResponderExcluirDe qualquer forma, devo clarificar o seguinte:
1. Não tenho nada a opor a que as pessoas cuidem do embrulho, desde que não descurem o conteúdo. A vaidade, quando reflexo de auto-estima oarece-me uma coisa positiva (claro que, como em tudo, há níveis mais aceitáveis que outros)
2. O Jorge faz caricatura com a imagem mas eu sou mais palavras. O texto era uma caricatura porque me irritou que quer o 1º quer o Lacão se tenham pronunciado antes dela. Acho que foi uma desautorização arrogante.
3. Eu nem teria notado a mudança de fato se a ministra tivesse tido uma intervenção interessante. Assim, foi a única coisa que pude observar :-)
Obrigada pelo seu comentário - o contraditório é sempre enriquecedor :-)
Não sei se os livros daquela senhora são de qualidade ou não, nunca li, Ms a filha de um casal meu amigo anda num colégio onde as senhoras professoras os aconselham aos alunos.
ResponderExcluirCaro Augusto, depende do que entende por qualidade, claro. Tudo é relativo. Se o que se pretende é desenvolver o automatismo na leitura, eu diria que são bons visto que muitas crianças gostam de os ler - como a minha geração lia Enid Blyton. Se falamos de LITERATURA, de marcas de literariedade, se falamos em desenvolvimento do sentido crítico... pessoalmente considero que são medíocres. São escritos «a metro», com os ingredientes que qualquer bom/qualquer boa professor(a) de Português conhece. Dados os instrumentos às crianças elas conseguem produzir narrativas à altura das «aventuras» - e melhores.
ResponderExcluirSabe a história do médica o da carraça? - É um pouco semelhante.
Ah, Augusto, obrigada pela visisita.
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