(ATENçÂO: A fotografia faz parte de «outra história»)
O reitor da Universidade Bandeirante
(Uniban), Heitor Pinto Filho, decidiu no início desta noite anular a expulsão da aluna Geisy Arruda, de 20 anos. A expulsão foi decidida pelo Conselho Universitário (CONSU) da instituição na última sexta-feira e divulgada ontem. A aluna foi hostilizada, em 22 de outubro, por alunos após usar minivestido nas dependências da instituição. O assessor jurídico da reitoria da instituição, Décio Lencioni Machado, informou que a decisão foi tomada pelo "reitor, como pessoa física".
Amanhã, a Uniban concederá uma entrevista coletiva onde o vice-reitor Ellis Brown explicará as motivações da universidade em voltar atrás na decisão de demitir a aluna.
A estudante de turismo sofreu assédio e ameaças de agressão no dia 22 de outubro, quando cerca de 600 estudantes a cercaram, com gritos e ameaças. Ela teve de ser escoltada para fora do câmpus de São Bernardo pela Polícia.
Na sexta-feira, depois de concluir uma sindicância interna, a Uniban decidiu expulsar Geisy "por entender que ela foi responsável, que provocou a situação com sua atitude". No domingo, um comunicado da instituição foi publicado em jornais da capital informando sobre a expulsão.
O texto afirmava que Geisy frequentava "as dependências da universidade em trajes inadequados e que indicam uma postura incompatível com o ambiente da universidade". A instituição alega que ela foi avisada "constantemente sobre a inconveniência de seus trajes".
copiado daqui
Passou-se, isto no país do carnaval...
Fez-me lembrar um professor que conheci em tempos (não muito longínquos) que dizia que as alunas iam com decotes para a aula ... porque o queriam provocar. Um dia em que ele estava de calções, na Instituição, perguntei-lhe:
- Vens de pernas à mostra para me provocar?
Não entendeu. Lembrei-lhe do que ele dizia sobre as raparigas com decotes. Continuou a não entender....
E quando as jovens são violadas... continuam a dizer que a culpa é delas...
Parece que a burca é, afinal, a única forma de evitar a violência numa sociedade onde não se pratica a castração do hommo pouco sapiens.
João Paulo Esteves da Silva, No Outro Mundo, ed. Averno, 2024
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De João Paulo Esteves da Silva, tudo o que nos chega não é do outro mundo,
é mesmo deste e é sempre surpresa. Pois só deste mundo nos podem chegar
surpr...
Há uma semana
Uf!,
ResponderExcluirExtraordinário, logo naquele país! De como se comprova que, afinal, a liberdade de costumes não é bem o que se mostra no sambódromo...
Mas adiante. Vou comentar aqui outros posts, para não lhe dar o trabalho de os percorrer de novo... pois :)
A questão da vacina é um assunto muitíssimo sério. Estou em contacto com especialistas que me garantem que os efeitos secundários não se comparam aos da gripe. Também me asseveram que há muitíssimos casos confirmados em Portugal; que os grandes hospitais atendem diariamente dezenas de pessoas (cada um) com o dito vírus.
Por outro lado, depoimentos como os que aqui colocou - já os conhecia - deixam-me perplexo e muito preocupado. Há gente capaz de tudo, e um tal Kissinger é uma dessas personagens - lembremo-nos do "prolongamento" por um ano da guerra do Vietname para que o Nixon tivesse hipótese de ser reeleito.
Assim sendo, também estou numa de nim. Mas um nim mais para o não.
Excelente, a sua caixa de canções da Mercedes! Absolutamente imperdível.
A ministra Alçada, bem, vamos ver, mas não espero nada do governo do narigudo (belos "cartazes!".
Manuelas, há muitas. De Melo ou Moura Guedes ou... Oh se há!
Muito oportuna, a sua lembrança de Lévi-Strauss. Fez-me recordar algo que li há muitos anos, não me lembro onde, mas possivelmente num jornal ou revista, algo que referia ser inacreditável que as pessoas, designadamente nos EUA, conheçam o "outro", o dos jeans. Este não lhes diz nada. Não ouviram falar dele.
Que se há-de fazer? Ouvir a Mercedes Sosa, evidentemente, neste preciso momento a terminar a "Plegaria a un Labrador" do Victor Jara e a começar "Volver a los 17". Conheço uma (também) óptima interpretação desta canção pela Soledad Bravo, um nome que merece igualmente ser referido.
Obrigado pela música e pela sua atenção ao meu blog!
Um abraço.
Alien, grata pelos comentários. Uf, que trabalheira teve! :-)
ResponderExcluirObrigada por me recordar a Soledad Bravo!. Em CD tenho apenas um disco. Tinha mais coisas nas velhas cassetes...Vou ver o que há no youtube.
Relativamente à vacina, estou sinceramente preocupada. Nem precisamos de ir até aos USA (e deita fora); quando me lembro do sangue contaminado que foi dado aos hemofílicos portugueses, apesar dos avisos que foram feitos à então Ministra da Saúde, Drª Leonor Beleza e de como a culpa morreu sozinha, coitada...
Tão fácil me é acreditar que há um movimento de boicote à vacina, por questões económicas, como que há uma promoção irresponsável da vacina, por questões económicas....
Lá que me cheira a esturro, cheira. Sobretudo uma pandemia que é declarada com apenas 20 casos e nenhum óbito, nos EUA...
Ontem, em conversa com uma pessoa com familiares na Suécia, disse-me a referida pessoa que começam a surgir, agora, por lá, casos de crianças e adultos que, após a vacina, ficaram com paralisia numa perna ou braço...
Quanto à Doutora Rauni Kilde, não consegui, ainda, confirmar de fonte segura se foi ou não ministra, mas isso não me interessa. Os factos são:
1. Tem um doutoramento na área de medicina
2. Teve um acidente de carro que a deixou incapacitada para o exercício da medicina.
3. É acusada de ser louca.
3.1 O Galileu também era?
@lá
ResponderExcluirobrigada pela música enquanto escrevo
não sei como é que aqueles jovens do outro lado do atlântico se atreveram a pensar alguma coisa a não ser o trabalho de campo que a jovem estava a preparar para apresentar um trabalho para a sua área de estudo, o turismo, e... não tenho dúvidas que iria visitar uma universidade congénere em Portugal ;) em que até durante o Inverno mais do que muitas alunas aparecem de barriga ao léu...e mais não digo!
beijos!
Anónimo, não entendi o seu ponto de vista mas soou-me a discurso de طالبان (taliban)...
ResponderExcluirCorrija-me se me engano, por favor. É que não dá a letra com a careta...
Quero eu dizer que o seu discurso (no qual, para além de uma crítica à estudante brasileira julgo ler também uam crítica às jovens portuguesas de barriga desnudada) Não se coaduna com o gostar das músicas que aqui passam.
Já em relação ao dicurso dos taliban, apenas vos separam alguns centímetros de tecido...No Brasil, em Portugal, em França, no Iraque, no Irão, no Egipto, no Afganistão...
Em França mandam destapar. Aqui mandam tapar. E cada um condena «os outros»...
A cegueira humana é infinita....
Disparate é importar o desnudado do calor carnavalesco do Brasil para a chuva e frio de portugal. Disparate é ir de fato, a transpirar, seja para onde for. Os japoneses descobriram que se permitissem que os bancários não usassem gravata poupavam imenso dinheiro no ar condicionado...
ResponderExcluirTaliban (sorrio)
ResponderExcluirironia foi a intenção
não conhecia a forma como os brasileiros combatiam as colegas despidas naquela universidade.
conheço uma parte de uma realidade, numa universidade em Portugal, em que durante o inverno, muitas pessoas usam pouca roupa e durante o verão, usam chinelo…
relativamente às músicas que presentemente oiço no blog o regresso da tia parece-me bem, e em nenhum momento associei as músicas ao conteúdo da mulher desnudada apresentada na primeira página do blog.
concordo plenamente no ponto em que se diz que há muito caminho a percorrer para que se estabeleçam pontes entre as diferentes formas de ver “os Outros”
eu entendo assim, a estupidez de não querer ver e aceitar “Os Outros” é infinitamente pior do que a cegueira…
era dessa cegueira que eu falava - a da incapacidade de aceitar os outros, outras visões.
ResponderExcluirPareceu-me que havia ironia nas suas palavras, mas pelos vistos li-a ao contrário (ainda que me pareça que o texto induz nesse sentido). E como sou muito lerda, peço-lhe que me esclareça uma coisa que ainda não ficou clara para mim:
O facto de as pessoas usarem chinelo é-lhe desagradável, agradável ou indiferente?
Uf!,
ResponderExcluirTrabalheira nenhuma! Apenas prazer.
A senhora em questão foi, de facto, Ministra da Saúde da Finlândia. E aconteceu-lhe o que disse. Afirma já ter sido contactada por ETs mais de 100 vezes. Tudo bem. Mas o discurso da entrevista é claro, assente em bases aparentemente sólidas, e faz todo o sentido. E o pior é que não é apenas ela a dizer coisas desse género. Então e a negociata da Roche com a empresa que era dirigida pelo Sr. Rumsfeld? E o início da gripe precisamente no México, logo ali ao lado... e o estado de emergência nos EUA com meia dúzia (é maneira de dizer) de casos?
Por outro lado, há os especialistas que conheço e me garantem que os efeitos secundários são muitíssimo improváveis, enquanto que a gripe, em grupos de risco, mata mesmo.
Tudo somado, dá zero... pelo menos por enquanto.
Ora então, muito bom dia!
ResponderExcluirPara já o meu "OH!" pelo aviso à entrada de que este blogue contém material que pode "chocar"!
E acrescento um conselho: nunca aloje este tipo de imagens no Photobucket. Basta uma maminha ao léu, ainda que pequenina, e... ZÁS! FOTOTOMIA radical e sem aviso aviso prévio. Já mo fizeram por mais de uma vez!
Agora, a estas, vou sempre depositá-las no Imageshack. São banco mais seguro, creia-me.
Mas passemos à notícia aqui deixada.
Esses estudantes que se revoltaram contra a piquena até podem ter razão. Suponhamos que a jovem tinha 1,50m de altura por 90kg de peso!
Ou suponha que a garota era como esta da imagem (Deus é mesmo um ser perfeito, ó céus!) e que os estudantes protestantes eram todos meninas invejosas e gays ressabiados. Não teriam também boas razões para expulsar a "bomba sexual" dos corredores e salas da instituição?!
Enfim, quem esteve mesmo mal foi quem mandou a moça embora! Incrível, tanto mais quando isso ocorreu num país onde um dos maiores produtos de exportação e suporte do PIB é mesmo a MULHER, numa clara comercialização da mesma promovida e apoiada oficialmente!
Vergonhoso!
Quanto a esse seu ex-prof, declaro solenemente que não era eu. Professores há muitos... e alguns... palermas, claro!
Um abraço e ainformação de que já está cozido o bolo-rei que me sugeriu. Se tivesse um e-mail seu, já lhe teria oferecido a primeira dentadinha. Assim sendo, terá que esperar como ojoutros, ahahahah!...
Aufwiedersehen! ...que é como quem diz: Aufwiederschreiben!
quando usar chinelo?
ResponderExcluiré uma questão universal: adequação ao momento.
um abraço
Anónim@, com todo o respeito... discordo. É uma convenção. E como todas... vale o que vale...
ResponderExcluirAinda me lembro de como ficava chocada ao ver estudantes a levar comida para as aulas em algumas universidades americanas. «Numa aula min ha... Jamais!», pensava eu...
Agora, sou eu quem lhes diz que antes quero que levem a fruta para a aula a que fiquem lá fora ou entrem de barriga vazia. E com o mau serviço de bar que lá temos... são as opções possíveis.
Efectivamente, o ideal seria um bar que funcionasse em condições mas, não havendo... ao diabo as convenções. E também prefiro que vão de chinelos a que espalhem aquele «perfume» tão característico do Verão...
continuando...
ResponderExcluirAnónim@ as convenções são datadas e geograficamente delimitadas...
Julgo saber com quem estou a dialogar. Se eu tiver acertado na suposição, perceberá se eu lhe disser que é assim como pedir ou não licença antes de pousar o tabuleiro sobre a página do jornal que eu estou a ler :-)
Um abraço
leio o seu post e sinto o percurso da banalização da regra em sala de aula...quando a regra se perde...o professor fica sem ser o professor da sua sala.
ResponderExcluirpercebo a sua bondade em deixar que os alun@ comam a frut@ (não deixei de sorrir, comer a frut@...)
ao que parece, os alunos têm muito tempo para tudo menos para estar em situação de aula e de facto, estar em situação de aula é também observar às regras da situação de aula.
quando alunos e professores comem (seja o que for) em sala de aula, convenhamos, já não se está numa sala de aula, mas sim, num outro registo, com outras dinâmicas, e, portanto, com outras regras que não as da sala de aula.
é assim que eu entendo que se pode construir a educação sem destruir a educação.
Anónimo, compreendo o seu ponto de vista e dou-lhe razão. Quando eu andava na faculdade não podíamos falar mal do governo - eram as regras. Quando eu andava na faculdade PODÍAMOS fumar nas aulas - eram as regras. Quando eu andava na faculdade, podíamos sair e entrar das aulas teóricas quando quiséssemos, bastava que ficássemos nas filas de trás (éramos cerca de 400 alun@s num amplo anfiteatro) - eram as regras.
ResponderExcluirQuando eu andava no Liceu, raparigas e rapazes estudavam em zonas separadas do edifício -eram as regras. Quando eu andava no Liceu, não podíamos falar com um elemento do sexo oposto a menos de 100m de distância do edifício - eram as regras. Quando eu andava no Liceu tínhamos professores que nos insultavam e nós calávamos - eram as regras. Quando eu andava no liceu tínhamos de usar bata , uma fita cuja cor identificava o ano que frequentávamos e... o emblema da mocidade portuguesa aplicado sobre o emblema - eram as regras. Quando eu andava no Liceu não podíamos responder às perguntas d@ professor@ sem nos levantarmos primeiro - eram as regras. Quando eu andava no Liceu, uma professora recém-chegada de uma das então colónias teve 3 dias de suspensão... porque foi dar aulas... vestida com calças - violara as regras!.
E muito mais lhe poderia dizer. Mas o que lhe posso garantir é que NENHUMA destas regras contribuiu para que eu aprendesse mais nem sequer para que fosse melhor pessoa...
As regras são feitos por seres humanos partilhando uma determinada estrutura social e destinam-se, precisamente, a facilitar a existência dessa estrutura. Mudada a estrutura, faz todo o sentido mudar as regras - ou não fará?
Nas minhas aulas há regras, sim. Regras que garantem o respeito mútuo; regras que nascem do desejo partilhado de sermos cada dia melhores que na véspera....
E @s alun@s sabem em que circunstâncias podem levar comida para a aula - e pedem sempre primeiro licença.
Eu não como nas aulas, nem mastigo pastilha elástica. Mas bebo água.
É o que se pode arranjar...
Um abraço
;-)